15 de ago. de 2009

A lei da liberdade

Temos vivido um período de crescimento significativo no meio evangélico, muitos artistas estão abandonando(?) os palcos para servir a Cristo. Quem antes enganava agora prega(?). O nome de Jesus esta sendo anunciado. O povo esta "levantando" as mãos para Cristo, as igrejas estão super lotadas. Os jovens que antes saíam da igreja, porque, antes, sendo eles da igreja não podiam fazer nada, agora já podem louvar a Deus e ouvir um pagodinho, ou um funk, se antes só podiam namorar jovens da mocidade - isso quando tinha algum jovem - agora namoram, ou melhor, "ficam" com qualquer um(a). Até os filhos de pastores que antes serviam de exemplo - ainda que aos trancos e barrancos - para os demais jovens, agora andam fazendo o que querem, pois de que adianta o pastor ganhar o mundo inteiro e perder seus filhos?, com isso os pastores não cobram mais seus filhos para que eles não saiam da igreja. Sem falar em outras coisas que têm acontecido em nossos dias e nem de longe se parece com a realidade cristã que a Bíblia apresenta. Pelo contrário, qualquer um que estude a Bíblia Sagrada, ficará no mínimo chocado ao comparar a realidade bíblica e a realidade atual. Como bem diz um grande homem de Deus:  

"Vocês vão 'entrar em parafuso', porque o que tem acontecido nas igrejas hoje em dia não tem nada a ver com o que a Bíblia diz. Mas isso não deve servir para afastar vocês, pelo contrário, deve servir para ensinar vocês a como se comportar."

Vejo nesta situação dois extremos: antigamente não se podia fazer nada, até já ouvi dizer que o crente não podia ter moto, pois era coisa do diabo; hoje a coisa é diferente: pode tudo. É tanto extremo em algumas igrejas quando o culto acaba os irmãos juntam os bancos e aproveitam o "salão" para jogar um futebol, em outras, usam o púlpito como ringue de vale tudo. Como vemos, são dois extremos perigosos, quando na verdade o crente deve buscar o equilibrio, tal qual a Bíblia ensina.

Bem, no meio disto tudo o povo segue declarando que serve a Deus, a despeito de fazer mais sua própria vontade do que a vontade d'Ele. E para fazermos um paralelo, cito o exemplo do empregado que busca satisfazer as exigências do seu patrão, para não perder seu emprego. Cito ainda o exemplo do cônjuge que busca agradar seu parceiro, pois o ama e faz questão de manifestar isso. Só que na igreja é diferente, ou melhor, têm sido diferente, na igreja, os crentes - servos - que deveriam cumprir a vontade de seu Senhor, realizam, na verdade, suas próprias vontades. Junto é claro, com as vontades do pastor e da liderança eclesiástica..., muitas vezes buscando cargos e posição de destaque. Não estou me referindo à obediência ou submissão da qual fala o escritor aos Hebreus no capítulo 13, verso 17 de sua epístola, realmente devemos honrar nossos pastores e líderes, isso com muito amor. Refiro-me ao fato de alguns priorizarem mais as vontades dos homens em detrimento da vontade de Deus. Isso não é correto!

Devemos como servos - escravos - de Deus, submeter nossas vontades a vontade de Deus, isso tudo por amor, pois apesar de Deus ser nosso Senhor, Ele não quer robôs, mas homens e mulheres que - por amor - abrem mão de suas vontades para agradar seu Mestre. Na verdade este assunto soa como um paradoxo, pois um escravo geralmente busca a liberdade, mas nós não. Nós, apesar de escravos, ainda assim somos livres. Podemos dizer que Deus nos concede a liberdade de escolha para que escolhamos a sua liberdade em Jesus Cristo, que quer dizer: "obediência a sua vontade por amor". Somos livres para sermos libertos.

Por falar na "lei da liberdade" certo médico cristão de Londres, ilustrou-a através de uma interessante experiência: Ele recebeu de presente um magnífico cão de raça, e costumava a princípio levá-lo para passear todas as tardes, preso por uma corrente. Isto continuou por algumas semanas, até o cão se acostumar com ele. Então um dia, saíram sem a corrente. Logo que o cão se achou na rua, sem a "lei da corrente" para segurá-lo, correu com grandes saltos, para longe. Parecia que fugiria para sempre, porém, tal não sucedeu. Em seguida voltou e, muito satisfeito acompanhou o seu dono submisso a sua direção. Uma lei mais forte do que a corrente o prendia agora: era a lei da amizade e do amor. Não queria mais se afastar do seu dono a quem amava.

Dizia então, esse crente que havia em Londres três classes de cachorros: os cachorros vagabundos, que tinham liberdade sem lei; os cachorros presos por correntes, que tinham lei sem liberdade; e os cachorros presos pelo amor, com a "lei da liberdade", que podiam, mas não queriam fugir.

Querido irmão, nós devemos compreender esta verdade magnífica, e ao invés de nos prendermos a "correntes" de homens, que só servem para nos machucar e nos afastar de Deus, ou de andarmos completamente "livres" cumprindo apenas nossas vontades em detrimento da vontade de Deus. Devemos servir a Deus por amor, buscando conhecê-Lo cada vez mais através de Sua Palavra, sem se deixar levar por modimos e doutrinas de demônios (1° Timóteo 4.1), ensinadas por homens que não tem qualquer compromisso com Deus, antes, querem apenas se aproveitar da ignorância do povo.

Em Cristo
Maxmiler Freitas.

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